domingo, 27 de março de 2011

I'll Wait For You / Will You Wait For Me Too?

Sim, finalmente chegou. OU não...


Eu estava MUITO ansiosa pelo novo álbum do Strokes, "Angles".
O último, "First Impressions of Earth" é muito bom, mas me pareceu feito de retalhos, de qualquer jeito. O vocal exageradamente influenciado pelo Lou Reed, sem originalidade.
Obviamente tem letras ótimas e é Strokes, então é bom. (Sim, eu acabei de dizer isso!)

Mas nem o peso dramático do álbum foi capaz de me convencer, ou talvez exatamente isso me tirou o tesão...

Então, quando apareceu UNDER COVER OF DARKNESS, eu quase chorei de emoção.
Porque se em 2006 eu me decepcionei com o vocal do Julian, valeu a pena esperar tanto tempo.

Mas, calma. Vamos pela ordem do álbum...


Acho que dá pra dizer que eles amadureceram uma década por álbum. Então, se a levada rock puro anos 50 do "Is This It" (2001) passou para um pouco mais de psicodelia e peso anos 60 no "Room on Fire" (2003) e seguiu para a depressão virtuosa das década de 70 com o "First Impressions of Earth" (2006), claramente o novo álbum tem influência anos 80.




Começando por "Machu Picchu", completamente anos 80, já dá pra ter uma idéia da diferença vocal do Julian, mas também da diferença na banda inteira. Apesar da guitarrinha conhecidíssima no fundo, há uma gama de novos efeitos, presentes no álbum inteiro. Música não tão distinta das do álbum anterior, serve pra introduzir o álbum e te preparar...

"Under Cover of Darkness" quase ganhou o título de minha faixa favorita do álbum. E não só porque o clipe é ótimo. OU porque o riff é ótimo. Ou por causa do vocal. Mas porque ela é mais Strokes do que quase tudo que eles já fizeram até hoje.

Absurdamente oitentista, vem depois "Two Kinds of Happiness", gostosíssima de ouvir. Segura a ansiedade e aproveita bem essa música. A seguinte, "You're So Right" não é tão grande coisa. O que ainda assim faz dela uma música ótima. Mas é que depois, depois.....

Depois vem "Taken For a Fool". De cara parece mais uma música sofridinha, sem graça. Deixa passar os primeiros versos, e presta muita atenção quando começar:

I know, everyone goes any damn place they like.
I hope this goes over well, on the toxic radio. Yeah....

Porque depois disso vem o melhor refrão do álbum:

You get taken all the time for a fool.
I don't know why.
You're so gullible but I don't mind.
That's not the problem.
And I don't need anyone with me right now.
Monday, Tuesday is my weekend.
You get taken for a fool all the time.
I don't know why.

E eu estou sim em looping infinito com essa música...
Depois dessa eu só me animo de novo com "Gratisfaction", que tem uma pegadinha folk-fofo, se é que dá pra me entender...

Pra terminar, achei uma boa escolha "Life Is Simple In The Moonlight", que incrivelmente puxa para a bossa nova... Total balada indie, sem ser tão deprê.


O que eu posso garantir desse álbum é que finalmente os Strokes amadureceram. Antes eles eram guris muito fodas, cheios de influencias e tentativas. Mas agora eles definitivamente SÃO.
Se à primeira ouvida o álbum parece estranho, diferente deles, é só prestar um pouco mais de atenção pra notar que eles finalmente são quem eles deveriam ser.


Espero logo o lançamento, porque eu faço questão de ter esse cd nas minhas mãos.

terça-feira, 1 de março de 2011

Elogy - One

Elogy - One

Bom, muito tempo atrás no nosso twitter eu perguntei sobre o que os seguidores queriam que eu comentasse aqui. A resposta foi ELOGY, e cá estamos. Mas, faz tanto tempo que o pedido ocorreu que tô até com vergonha, mas vou me defender: O CD é tão bom que eu não queria fazer um post simples e qualquer, queria dar atenção especial pra ele, mas não tinha tempo pra isso. Agora eu venho aqui postar, mas sem a atenção toda que eu queria, mas a vergonha é tanta, porque já faz quase um ano, que vou postar algo mais simples mesmo. Mas vamos ao que interessa.

Elogy é uma banda americana que mistura componentes eletrônicos em suas músicas com guitarras distorcidas, um baixo que carrega a música toda e uma bateria muito bem trabalhada e criativa. A banda por muito tempo conseguiu evitar que seu disco caísse na internet para download, algo que acho estranho já que hoje as bandas têm que se unir à ela para fazer sucesso, mas tudo bem, cada um com suas idéias. Eu não vou disponibilizar o download do disco neste post devido à pedidos da pessoa - que não vou divulgar - que me enviou o disco e que fez o pedido deste post. Detalhe: ela é amiga do pessoal da banda, então vou, praticamente, atender um pedido da banda.

No site oficial da banda é possível encontrar inúmeros links: facebook, twitter, youtube e, principalmente, myspace da banda. No site é possivel, e eu aconselho, comprar o CD.

No myspace é possível ouvir as três primeiras músicas do álbum:

Beautiful: É a música que abre o disco. Uma música que cresce com seu desenvolvimento e fica grandiosa e carrega uma emoção que poucas bandas conseguem reproduzir. A existência de componentes eletrônicos fica clara logo no início da música, mas o refrão mostra uma música extremamente energética sem a necessidade deste componente. O vocalista Derek Cannavo mostra toda sua técnica de falsetes e tons agudos.

Welcome to inertia: Eu me apaixonei por essa música nos primeiros 10 segundos que ouvi ela, uma introdução que pareceu entrar no meu corpo e me dominar, nem sei direito como descrever, espero que vocês sintam o mesmo, porque é muito bom. Sempre que ouço essa música passo o resto do dia cantando "what have we done? ... What we've become?", aposto que meus amigos se irritam com isso, hehe. Uma música como poucas outras. As viradas que ela tem por volta dos 2min e também dos 3min são incríveis e a música finaliza muito bem também.

London: É a música com o maior número de plays no MySpace. Acho que isso diz mais do que eu posso dizer. Ela cresce de uma forma incrível depois da metade e para muitos é a melhor música do disco.

Bom, o resto do disco, por não ter no MySpace não vou entrar em detalhes. Mas talvez vocês consigam achar outras músicas pra ouvir no YouTube. Mas eu tenho que destacar Lost Your Heart e também Errant Design. Na verdade toda obra é muito boa, mas não posso destacar todas as música por que se não, na verdade, não estaria destacando nenhuma.

Eu tenho só uma reclamação quanto ao disco: acho que tem momentos que o volume da voz é baixo demais comparado aos outros instrumentos. Ok, talvez essa seja a idéia e tenha sido a intenção deles, mas eu não gostei muito.

A banda é bastante comunicativa com os fãs através das redes sociais, inclusive com os brasileiros. Aconselho algumas leituras caso vocês tenham se interessado pela banda: Alienação Rock e Rock in Press.

Espero que tenham gostado da banda

PS.: podem fazer pedidos pelo twitter. Juro que vou tentar fazer o post em menos tempo!