O Show do Killers

O sábado, dia 21 de Novembro de 2009 vai entrar para a história. Pelo menos pra mim. Não só porque eu peguei uma baita chuva, estraguei meu celular, sujei meu tênis e minha bermuda de barro e sabe-se lá mais o que. Mas porque foi o dia do show dos Killers.

Puxa vida, o show começava as 20:00. Por volta das 18:00 uma chuva daquelas de achar que o fim do mundo veio antes de 2012, caiu sobre São Paulo. Uma chuva que fez o meu celular estragar, o meu tênis ensopar e a Chácara do Jóquei inundar.

Mas as desventuras pararam por aí.

Com míseros 15 minutos de atraso, Brandon Flowers e seus comandados subiram ao palco. E que palco. Palmeiras, vasos de flores gigantes, telões coloridos e um show de luzes complementava o visual da noite. Ao som de Human (e dos splashes de lama pra todo lado), os Killers iniciaram uma noite que ficará na memória dos presentes. Como sempre, o comando da noite ficou por conta do showman Brandon Flowers, que logo no início da apresentação bradou: 'Boa noite Brasil! Nós somos The Killers. E nesta noite molhada... Somos de 'vossos''. Tudo bem, mas pelo menos ele tentou.

O show foi perfeito. Tocaram todas as músicas que a platéia queria ouvir. Com direito a um inédito cover de Elvis Presley (Can't Help Falling In Love) e uma breve versão de Human, apenas no piano de Flowers - que errou algumas notas, mas deixemos assim -.

O ápice da noite veio nas três últimas canções, Read My Mind, Mr. Brightside e All These Things That I've Done, esta última com direito a uma linda chuva de papéis picados, que levou as 12 mil pessoas presentes ao delírio.

Para o Bis, eles retornaram com duas grandes cartas na manga, Jenny Was A Friend Of Mine e antes de tocarem When You Were Young, Brandon Flowers ainda pediu 'uma conexão humana, uma conexão brasileira' e contou com uma bela chuva de faíscas no fundo do palco, a chuva que molhou apenas de lágrimas alguns rostos, a chuva que serviu para iluminar e fechar a noite que mesmo molhada e suja, foi emocionante.

Há tempo que eu não via um show onde tudo deu certo, mesmo quando parecia que iria dar errado. Um show onde as músicas foram perfeitas, a platéia foi perfeita e a banda foi perfeita. Um show empolgante e emocionante. Um show dos Killers.

Setlist:

"Human"

"This Is Your Life"
"Somebody Told Me"

"For Reasons Unknown"
"Bones"

"The World We Live In"
"Joy Ride"

"Human" (versão no piano)
"Bling (Confession of a King)"

"Shadowplay" (cover do Joy Division)
"Smile Like You Mean It"

"Spaceman"
"A Dustland Fairytale"

"Can't Help Falling in Love" (cover de Elvis Presley)
"Read My Mind"

"Mr. Brightside"
"All These Things That I've Done"

Bis:
"Jenny Was A Friend Of Mine"

"When You Were Young"

FOTOS:
http://www.flickr.com/photos/31381281@N04/

Em breve mais vídeos.

Wolmother - Cosmic Egg

Após um excelente disco de estréia se esperava muito desta banda, até a notícia do fim da banda. Porém, no primeiro semestre deste ano, o vocalista Andrew Stockdale anunciou que a banda vinha trabalhando em um novo disco. Mas quem seria a banda? Andew chamou três amigos, e o antigo trio australiano agora vira um quarteto, fato que assustou bastante gente, que pensou: "não vai ser a mesma coisa". E não foi. Os árduos meses de trabalho (como Andrew mesmo disse em seu Twitter), compensaram. Cosmic Egg é um disco que mostra muito bem que é o Wolfmother, uma banda que sabe fazer música boa, seja ela animada e "rock paulera" (como diria meu pai) ou então um rock-balada. Abaixo segue a descrição da obra, baseada na versão Deluxe do disco.

Wolfmother - Cosmic Egg

Nota 7,0

1. California Queen - Um início animado e que mostra que o CD promete render muito bem até o fim. Lembra-nos dos agudos que Andrew consegue fazer e tem uma guitarra e bateria que te levam junto. Excelente música.
2. New Moon Rising - Essa já conhecíamos. O início animado continua. Os riffs de guitarra estão aqui pra ficar, exatamente como o disco de debutante do Wolfmother. Uma das melhores músicas do disco (se não for a melhor).
3. White Feather - Guitarras sujas e mais tranquilas um pouco. Belo refrão. Solo contagiante.
4. Sundial - Quando você ouvir o início da música vai pensar: "Essa música é demais!". E não é por acaso, essa música é realmente muito boa, uma das melhores do disco. Como sempre, os riffs de guitarra quase que te obrigam a tocar um air guitar. Refrão quebrando a levada da música, muito bom isso.
5. In the morning - Guitarra limpa e dedilhada no início, mostrando que vai crescer pra derrubar os clips que estão em cima da caixa de som. Demora quase 2 minutos pra isso acontecer, mas quando chega lá ela te leva e você não tem como não balançar a cabeça no ritmo.
6 - 10.000 feet - Mais uma música começando com um riff grave. Essa se mantém num clima mais sombrio. Belo solo de guitarra. Uma boa música, porém pode ser um pouco cansativa para alguns.
7 - Cosmic Egg - A música título, e não é a toa. É uma daquelas músicas que te faz sentir confiante em si mesmo. Se um dia você estiver na dúvida se deve fazer algo ou não, ouça essa música que irá descobrir. Excelente música, sem dúvida.
8 - Far Away - A primeira balada-rock a aparecer. Falo "balada-rock" só pra mostrar que é uma música mais calma. Imagino que muita gente não tenha gostado desta música e dito: "Isso devia estar em um CD do Lenny Kravitz". Mas eu digo, este é um masterpiece do Wolfmother, uma das melhores músicas da sua carreira, uma das melhores do disco. Uma das melhores músicas do ano, e porque não da década? Solo simples e lindo. A música como um todo transfere uma energia muito boa. Acho que ficou bem claro o quanto eu gosto dela, não?
9 - Cosmonaut - Excelente refrão. Música um pouco mais tranquila também. Talvez o erro da banda tenha sido colocá-la logo depois de Far Away. Acho que ela merecia aparecer um pouco mais cedo no CD, até pra preparar os ouvido para as músicas mais calmas que vinham em seguida. Bela música, porém.
10 - Piligrim - Esta música me lembra muito o primeiro disco. Eu adorei o primeiro disco.
11 - Eyes Open - Outra música um pouco mais tranquila (no início). Não há como não cantar (ou pelo menos cantarolar) o refrão. Bela música.
12 - Back Round - Essa também já conhecíamos e já falei sobre ela noutro post. Bela música que mostrou bem o que vinha neste CD que estou comentando. Pode ser consirada uma "música-síntese" da obra.
13 - In the castle - "Where Eagles Have Been" está para o primeiro disco como "In the Castle" está para o Cosmic Egg.
14 - Caroline - Pelo nome da música já podíamos prever ser uma música um pouco mais calma. Música muito bonita e cheia de emoção, deve ter uma história interessante por trás da letra.
15 - Phoenix - A penúltima música da obra trás devolta as distorções e riffs contínuos para te encaminhar a um solo contagiante. Refrão com vocal agudo que te faz querer cantar.
16 - Violence of the Sun - A última música e mais longa do disco te leva para uma viagem introspectiva com seu ar meio psicodélico. Não sei descrever bem ela; é uma música muito intensa. Fecha bem o CD.

Download:
Link1
Link2

E você, o que achou do CD?

Clipe de Undisclosed Desires

Novo single do Muse já tem clipe: Undisclosed Desires. Não haverá nenhuma música nova como B-Side do single, apenas remixes. Abaixo segue o clipe da música (bem louco por sinal):

Undisclosed Desires

MUSE | Vídeo do MySpace