quarta-feira, 17 de novembro de 2010

(Sketches for) My Sweetheart the Drunk - Jeff Buckley

Sketches for my sweetheart the drunk

Bom, hoje (17/novembro) é aniversário deste cara que eu considero um dos grandes gênios da história da música. É com tristeza em meu coração que envio minhas felicitações pra ele, uma vez que ele não está mais entre nós para recebê-las.

Neste mesmo blog, eu já fiz uma breve biografia sobre ele e por isso não vou ficar falando de muitos detalhes da vida dele agora. Mas o que vale saber agora é que este disco Sketches for My Sweetheart the Drunk é um disco lançando em 1998 e, portanto, após a sua morte. Aqueles que entendem inglês já podem ver que o CD apresenta "rabiscos/rascunhos" (sketches) do álbum que iria se chamar somente My Sweetheart the Drunk.

O trabalho é um disco duplo que trás músicas que Jeff Buckley já havia gravado com sua banda mas não havia profundamente gostado e outras gravadas em seu gravador de 4 faixas. Isso tudo apesar do produtor ter dito a ele (em tradução livre):
"Eu sei que você vai querer mudar tudo - falou rindo, junto com Jeff - mas do jeito que isto está agora, isso tudo soa muito bem pra mim. Se você se sente insatisfeito, talvez devesse pegar mais leve contigo, porque não tem nada errado com esse trabalho."

A idéia de fazer um disco duplo veio da produtora Columbia. O primeiro CD consiste nos mixes daquilo que já havia sido gravado em estúdio. O segundo CD teria dois mixes novos de músicas contidas no primeiro CD (Nightmares by the sea e New year's prayer) sugeridos por Chris Cornell (Soundgarden, Audioslave), que estava participando das seções pra decidir o que se faria. Haven't You Heard é uma música que foi gravada em seções de ensaio e as outras seis músicas do segundo disco vêm das gravações em quatro faixas do gravador do Jeff, ou seja, são bastante rústicas. Segundo a mãe de Jeff, foi bastante difícil saber quais músicas estavam realmente prontas nesse gravador e quais colocar lá. Segundo ela, Jewel Box é uma das composições mais lindas que ele já fez, e eu concordo plenamente.

A decisão de encerrar a vida de novas músicas de Jeff Buckley com Satisfied Mind é simples: "É uma boa lembrança de que a música era, para Jeff, além de qualquer coisa, entretenimento."

Peço desculpas se me alonguei muito, mas eu realmente amo esses dois discos e acho que vale muito a pena vocês baixarem eles. Sei que pra alguns pode ser de difícil "digestão à primeira ouvida", mas insistam que vocês não vão se decepcionar.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Hands All Over


Bom, como uma pessoa bem educada pela mamãe, a primeira coisa que eu faço como nova pitaqueira (fato que amei esse nome, já que eu a-d-o-r-o dar pitaco em tudo!) é me apresentar: Oi, meu nome é Ana Paula (OI ANA PAULA!!), o toque do meu celular é "girls just wanna have fun" e eu estou há 23 anos sem ouvir música ruim... (BEM VINDA ANA!!)

E pra começar, eu vou falar do novo álbum do Maroon 5!!

-OK, eu pareci a pessoa mais pop até agora, mas eu curto mesmo é indie rock, tá...-

Então, tenho que dizer que desde "She Will Be Loved" eu sou fã demais do som do Maroon 5.
O primeiro álbum deles (Songs About Jane - 2002) é um pop limpo, sem muita frescura, um som gostoso com muitas baladas melancólicas (além de She Will Be Loved, Must Get Out é linda também) ou fofinhas (Sunday Morning). Ainda assim eles já mostravam um bocado da malícia que apareceria no segundo álbum, mas de um jeito bem adolescente (Harther To Breath, This Love).

Admito que o primeiro hit do segundo álbum (It Won't Be Soon Before Long -2007), "Makes me Wonder", me decepcionou um pouco, principalmente pela diferença com o trabalho antigo. Mas é inegável que as músicas estão muito mais maduras, mais maliciosas. Indico desse álbum a safadinha "Kiwi" (I wanna give you something better/ Than anything you’ve ever had/ A stronger and a faster lover/ The world will disappear so fast/ Sweet kiwi/ Your juices dripping down my chin/ So please, let me/ Don’t stop it before it begins), "Infatuation" e a balada linda a-lá primeiro álbum "Won't Go Home Without You".

Tá, mas alguém me lembra que é pra falar do álbum que eles acabaram de lançar!!

Pois é. Começou com o clipe de "Misery", que me matou de paixão. Mas sobre a música: VOLTA AO POP SIMPLES DELES!! Mas com a maturidade do segundo álbum. Sério, fiquei muito na expectativa. E valeu a pena.

O álbum Hands All Over começa com "Misery" pra deixar claro a que veio. Mas pra ficar de boca aberta mesmo é na faixa 3, "Stutter", que é a nova candidata a #repeattrack4ever no meu celular. Segue com "Don't Know Nothing" que é daquelas pra ficar dançando loucamente no quarto. A incrível "Never Gonna Leave This Bed" em que tu realmente entende porque aquele vocal agudo de Adam é um dos melhores da nossa geração. Bem estilo pop começo anos 2000 é "Can't Lie", o que é ótimo! E pra rebolar mordendo o lábio tem "Last Chance".

Enfim. O resto de Hands All Over é um pouco mais disso, com uma ou outra recaída no segundo álbum. Bom demais, gostoso pra caramba. Ouçam. Pra quem costuma ter um pé atrás com terceiros álbuns, serve pra ver como uma banda faz pra amadurecer sem perder nada da sua essência.