quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Obra de OK Go



BREVE BIOGRAFIA
OK Go é uma banda Norte-Americana formada em Chicago e que, hoje, reside em Los Angeles. A banda é composta por Damian Kulash nos vocais e guitarra, Tim Nordwind no baixo e 2ª voz, Dan Konopka na bateria e percussão e Andy Ross na guitarra, teclado e 2ª voz, que veio a substituir Andy Duncan em 2005.
A banda é muito famosa por seus vídeo-clipes criativos. Por sinal, eles começaram a fazer sucesso somente após o vídeo de Here it goes again, que inclusive ganhou o Grammy de melhor curta musical de 2007. Aliás, já ouvi até dizerem que OK Go só é quem é por causa dos seus clipes, que a música não é tão boa e que talvez o sucesso musical deles não seja tão merecido. Cá estou para tentar mostrar à estas pessoas que a banda produz música boa de verdade.

DISCOGRAFIA

Este é o primeiro disco da banda, chamado - também - de OK Go. O disco traz um rock simples, sem muito mistério, sem psicodelia nem nada assim. Guitarras, violões, baixo, bateria, vozes, melodia e teclados de fundo. É isso que vamos ouvir neste CD. Isso é ruim? Eu não acho, aliás, as músicas são muito bem construídas e evoluem muito bem. Sem contar que a seleção da ordem das músicas no disco é muito boa também: começa muito bem, o que te anima pra ouvir o resto da obra. No meio do disco as músicas não são tão boas, mas longe de serem ruins. No final do disco há novas excelentes músicas que te deixam com vontade de ouvir o CD de novo. Vamos aos destaques: Get over it, Don't ask me, What to do, Return (pra mim, a melhor música da banda), The fix is in e Hello, my treacherous friend.


O segundo disco da banda se chama OH NO. Ele não traz muitas inovações em relação ao primeiro álbum: continua na idéia de guitarras, teclados, baixo, bateria e linhas vocais. Ótimo, se não, excelente. Entretanto, agora a banda traz um pouco mais de elementos dos teclados e abusa um pouco mais das linhas de guitarra, interessante. Muita gente diz que este é o melhor álbum da banda, mas não sei se consigo dizer isso, acho a disputa muito apertada entre os três. E na verdade, este disco apresenta até a sua estrutura parecida com o primeiro disco, começando e acabando mais animado. Destaques: Invincible, Here it goes again, A good idea at the time, No sign of life, Television, Television, The house wins.

Este é o terceiro e atual disco da banda: OF THE BLUE COLOR OF THE SKY. Aqui houve uma revolução na banda. Não somente pela troca do guitarrista, mas o estilo musical sofre uma mudança radical. O abuso de linhas vocais e de teclado continua. Porém agora a bateria, o baixo e a guitarra exploram caminhos que antes não andavam, tanto em efeitos eletrônicos como na própria composição. Desde que conheci a banda eu admirava ela e este disco foi um choque pra mim, estranhei no início, mas assim que me acostumei com o avanço da banda consegui compreender e identificar que tinha em minhas mãos uma excelente obra musical. Aos destaques: WTF?, This too shall pass, All is not lost, Needing/Getting, White Knuckles, End Love, Last Leaf (excelente balada!), Back from Kathmandu.

Pessoal, foi extremamente difícil escolher os destaques de cada disco. Então aconselho que baixem e ouçam os discos inteiros, ainda mais o terceiro álbum, que as músicas que não coloquei como destaque são aquelas mais difíceis de digerir, mas que quando a gente consegue ver o que a música realmente tem pra nos mostrar, é genial. Este terceiro álbum realmente exige da gente um despertar para novos horizontes, enquanto os outros discos são mais lights para digerir e ouvir. Enfim, vale a pena ouvir o que estes americanos criaram.

CLIPES
Bom, como já comentei, os caras ficaram famosos pelos seus clipes. Eu realmente acho genial alguns, outros acho simplesmente meio estranhos. Mas assim, inclusive aqueles que não fizeram sucesso vale a pena ir no YouTube conferir. Vou colocar aqui links pra'queles que fizeram mais sucesso e/ou que eu considero os melhores:
HERE IT GOES AGAIN (o todo premiado)
A MILLION WAYS (não coloquei como música destaque, mas uma revolução em termos visuais)
THIS TOO SHALL PASS (versão com bandinha - genail, por sinal)
THIS TOO SHALL PASS (versão Rube Goldbarg Machine - genial também)
WHITE KNUCKLES (com animais, outro fantástico)
BACK FROM KATHMANDU (uma idéia bastante interessante - desenhar com GPS)

E o que uma banda faz além de discos e clipes? Shows!

SHOWS
Na verdade, posso falar de UM só show. O que eu fui. Como talvez vocês saibam, o OK Go veio ao Brasil em setembro/2010. Quem conhece meu currículo de shows, sabe que ele é de se invejar e por isso pode se espantar com o que vou dizer agora: Talvez o show do OK Go que vi tenha sido o melhor na relação custo-benefício que já fui! O show deles foi extremamente barato: R$ 40 e eu ainda ganhei entrada pra uma festa que custava R$ 20. E, acima disso, o show foi genial. Grandes surpresas, EXCELENTE interação com o público (que considero essencial num show). Um show descontraído ao natural, bom ao natural. Eles falaram da experiência de tocar no VMB, tiraram foto do público pro Facebook deles, chamaram meninas da platéia pra fazer a dança de A Million Ways no palco - ou seja, tocaram a música duas vezes. Last Leaf foi tocado pelo vocalista Damian no MEIO DO PÚBLICO com um violão e um banquinho, sem microfones (claro que o tamanho do local ajudou nisso). Fiquei triste por não ouvir algumas músicas, especialmente Return, mas eu já esperava isso. Uma das músicas que eu mais esperava era What To Do, mas eles não tocaram como no CD, fizeram melhor do que isso, me surpreenderam e eu até chorei na música. Eles tocaram What To Do assim (o vídeo tem o Damian falando do porquê de terem vindo ao Brasil e sobre o VMB antes da música - música em 2:15). Simplesmente fantástico! Nisso tenho que agradecer à MTV pro trazê-los ao VMB e pela BECO 203 PRODUTORA por trazer eles à Porto Alegre.

Bom, digam o que vocês quiserem, sempre vou achar OK Go genial.

2 comentários:

Chris disse...

Um dos melhores posts que eu já vi sobre a banda, curti muito :)

Acho que uma coisa que contribuiu tbm pra mudança musical do terceiro cd foi que eles saíram da gravadora e fundaram uma própria, tendo assim mais liberdade pra criar.

ps: eu sou uma das meninas que dançaram no palco :P

Gui K disse...

yeah! Deve ter sido uma emoção gigantesca!